Jesus nos revela um Deus misericordioso

“Sou o Senhor e não há outro”. É com esta afirmação que Isaías nos coloca na liturgia desta quarta-feira. Aquele que formou o céu e a terra, que formou as luzes e criou as trevas, agora se aproxima ainda mais do ser humano na chegada do Messias. Jesus é o enviado do Pai para nos salvar. É nesta alegria e envolvidos por esta notícia que precisamos viver neste dia de hoje.

No Evangelho de hoje temos duas realidades: a pergunta de João Batista sobre o messianismo de Jesus e a autodefinição de Cristo pelas Suas obras, que são sinal visível da chegada do Seu reino messiânico.

Quantos de nós, passando por tribulações e dificuldades, não questionamos a ação de Deus, Seu cuidado e amor? Quem de nós um dia não se perguntou: “Onde está Deus? Por que Ele não me ouve? Por que não me tira desta situação?” A razão dessas e de outras perguntas está no fato de O concebermos como um Deus que seja mágico, que resolva todos os nossos problemas. Temos também uma visão equivocada de Deus Pai e da Sua ação em nossa vida. João também concebia o Messias por meio de imagens muito severas, como o machado, a forquilha e o fogo, para enfatizar a necessidade da conversão dos pagãos. Contrariando essa ideia falsa, Jesus apresenta um rosto de um Deus amável, misericordioso, que se compadece dos enfermos, que tem paciência com os pecadores, que acredita no ser humano.

É esta visão que Nosso Senhor Jesus Cristo quis apresentar a João e a Seus discípulos e quer apresentar a nós nesta liturgia de hoje. No Advento do Natal Jesus quer fazer com que cada ser humano enxergue o verdadeiro rosto do Pai. Ele quer que vejamos quanto amor o Pai tem por nós a ponto de dar o próprio Filho encarnado para nossa salvação.

“Céus, deixai cair orvalho das alturas, e que as nuvens façam chover justiça; abra-se a terra e germine a salvação”. Este é o desejo de Deus! Que cada coração se abra à chegada do Messias. Que ninguém ofereça barreiras ao amor de Deus, manifestado em Cristo Jesus, o Messias que vem para nos salvar!

Assim seja!

Padre Donizete Heleno

Comunidade Canção Nova