“Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa” (Lucas 15,24).
Você não imagina a festa que, no Céu, se faz por cada pecador que se converte, por cada filho que retorna, por cada ovelha que é encontrada, por cada moeda, símbolo do amor, que é novamente valorizada. Aqui, no entanto, a moeda de valor é a conversão de cada um de nós.
O filho representa cada um de nós pecadores, então, há aqueles que se desviaram, foram realmente servir o mundo. Fico olhando o olhar de tantas mães com lágrimas pelos seus filhos que não querem mais saber de Deus e da Igreja. Cada mãe e cada pai representam o Pai nosso do Céu. Não é só você, mãe, que espera o seu filho voltar; não é só você, pai, que espera o seu filho voltar; não é só você, esposa, que espera a conversão do seu marido. É Deus.
É por isso que nos unimos ao coração desse Pai, por isso cada um de nós se coloca junto do coração do Pai. Junto d’Ele, abrimos os nossos braços para orar pelos nossos, os quais, de algum modo, estão perdidos nas estradas da vida.
Não podemos descuidar de nós, porque, dentro do coração de cada um de nós, há o sentimento do filho pródigo. Somos também homens pródigos, esbanjamos o orgulho e a soberba, como fez esse filho mais velho, que nunca saiu da casa do pai, mas tinha um coração tão fechado, tinha pouca misericórdia, tinha pouco amor com o irmão.
Nós, que estamos na Igreja, que estamos falando de Deus, o quanto precisamos nos converter a cada dia! Saiba que, no Céu, há muita festa quando temos uma vontade, um pecado, mas abrimos mão deles; quando temos uma dureza de coração, mas nós o abrimos.
Só seremos como o Pai se deixarmos de lado esse irmão mais velho que está dentro de nós
Quando cultivamos um vício, mas desistimos dele; quando combatemos o mal dentro de nós, quando desistimos de nos vingar de alguém, não sabemos a festa que Deus faz. Quando abandonamos o ressentimento, a mágoa, quando estamos vivendo paixões enganadoras, mas as deixamos de lado, o Céu faz festa por cada conversão, por cada atitude de mudança.
Celebremos, hoje, as mudanças de vida que todos nós precisamos viver! Celebremos todo filho que precisa voltar! Só seremos como o Pai se deixarmos de lado esse irmão mais velho que está dentro de nós.
Vivamos um processo de conversão interior profundo, sincero, verdadeiro e autêntico, revendo nossas atitudes, nossos gestos que não são sinais de conversão para que sejamos canais por onde muitos filhos pródigos possam voltar.
Saibam que muitos não voltam para a casa do Pai, porque encontram pela frente muitos irmãos mais velhos de Igreja, de caminhada e de fé que não são, verdadeiramente, convertidos para a misericórdia, para o amor e o cuidado do próximo. Estão sempre fechados em si, estão sempre se exaltando, se engrandecendo, e não têm um coração misericordioso, bondoso e pródigo no amor como o do Pai.
Deus abençoe você!