“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós” (João 17,20-21).
A prece do coração de Jesus é por todos aqueles que hão de crer no Seu nome. Eu creio no nome de Jesus! E se você está me ouvindo, é porque também crê n’Ele; senão, você não perderia tempo de ler nem ouvir nada disso.
Nós que cremos em Jesus – e também tantos outros que creem n’Ele – levamos a vida no nome d’Ele, mas não conseguimos viver aquilo que Ele nos pede, porque a grande súplica do coração de Jesus é para que nos amemos.
Já deu para perceber, sem ilusão e sem engano, que o amor entre nós é uma realidade muito distante. Amamos quem queremos, quem escolhemos, quem é da nossa grei, quem está de acordo com o que pensamos, com o que falamos, com o que cremos, em quem votamos. Amor seletivo e escolhido; e aí, o amor quando não é vivido, vai criando divisões, separações, vai partindo para lados e lados. E veja de quantos lados Jesus já foi dobrado, dividido e quebrado!
Não preciso nem falar da quantidade de igrejas que professam o nome de Jesus. No Brasil, encontramos mais de 50 mil nomes diferentes de nominações ditas cristãs. Se, no entanto, falarmos só do âmbito da nossa fé católica, que beleza há nas diversas expressões de fé! Não é essa questão das expressões diferentes de fé ou dos diversos movimentos, pastorais, congregações, porque são belezas, riquezas, é a diversidade do Espírito.
Onde não se constrói amor e unidade é difícil, ali, Jesus permanecer
A diversidade é do Espírito, a divisão é do diabo. O diabo nos quer divididos, e Jesus sabe que o diabo entrou no mundo para dividir, roubar, destruir e nos ver uns contra os outros.
É por isso que Jesus está numa súplica chorando e ardendo no coração do Pai: “Eu te peço para que, assim como nós somos um, eles também sejam um, ou seja, vivam a unidade”, a unidade da fé e do amor. E mesmo tendo diversidades de pensamentos, opiniões e até convicções, no amor e na fé não podemos abrir mão de viver a unidade.
Precisamos, realmente, colocar os joelhos no chão, dobrar esse coração para entendermos que nós, muitas vezes, falamos de Jesus, mas não vivemos o que Ele pediu: não construímos unidade e amor. Cada um constrói o seu mundo de fé, vive suas convicções pessoais, faz do seu jeito, como querem e ainda arrotam: “Eu faço em nome de Jesus” ou “Jesus me mandou fazer”.
Tantas coisas falam de Jesus, mas Ele só abaixa a cabeça, chora e silencia. Onde não se constrói amor e unidade é difícil, ali, Jesus permanecer.
Que o nosso coração esteja unido ao de Jesus, para que possamos construir amor e unidade em tudo aquilo que realizarmos.
Deus abençoe você!