“Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás!” Tu não pensas como Deus, e sim como os homens” (Marcos 8,33).
É Jesus quem pergunta para os Seus discípulos: “quem sou Eu?”. Diante de tantas repostas, Pedro é quem vai na chave, com o olhar correto e concreto dizer: “Tu és o Messias, Tu és o Cristo”. Bendito seja Pedro porque enxergou primeiro a graça; enxergou aquilo que os outros ainda não enxergavam, enxergou em Jesus o Messias.
Nós temos o olhar de Pedro: olhamos para Jesus como o Senhor, Salvador e Messias. Porém, o mesmo Pedro que tinha o Espírito divino e o olhar da graça nele, também tinha o pensamento demoníaco. Pois, quando Jesus anunciou que Ele era o Messias, mas era o Messias que iria sofrer, ser condenado, julgado, ser morto e depois Ele iria ressuscitar, Pedro repreendeu: “Não, Senhor. O Senhor não vai passar por isso”. Então, Jesus disse: “Afasta de mim, Satanás, vai para longe; você não pensa como Deus, você pensa como os homens”.
Jesus está repreendendo a mim e a você por todas as vezes que rejeitamos a cruz na nossa vida e achamos que ela não é digna, que não é nossa e que nós não a devemos carregar. Não há cristianismo sem cruz; não há seguidor de Jesus que não abrace a sua cruz; não há seguidor de Jesus que rejeite o sofrimento e a dor. Se você quer seguir a Jesus apenas para o messianismo da glória, desculpe, mas seu pensamento é humano, é mundano.
Nós não podemos aderir à religião da vida fácil, à religião da prosperidade, à religião que prega a cruz sem Jesus e Jesus sem a cruz.
Afaste para longe de você os pensamentos diabólicos que te afastam da cruz de Jesus
Nós anunciamos o Cristo crucificado, o Cristo das dores, dos sofrimentos, o Cristo que está com cada sofredor, o Cristo que está conosco em nossas tribulações. E nós não podemos negar a esse Cristo; não podemos querer o Cristo das facilidades, o Cristo só do sorriso fácil, o Cristo que só faz milagres… Meus irmãos, nós não podemos querer o Cristo que só trás beneficies para a nossa vida.
O Jesus que nós seguimos é o Jesus da cruz; é o Jesus crucificado. O Jesus que nós seguimos é o Jesus do sofrimento, o rejeitado; o Jesus não amado. O Jesus que nós seguimos é o Jesus que foi morto e abraçou a morte (…). Mas tem gente que nem a morte olha mais com o olhar da fé.
“Ah, Senhor, por que eu estou sofrendo?” Porque você é pessoa humana; e pessoa humana, sofre. “Ah, Senhor, por que eu fiquei doente?”. Porque você tem um físico, e todo corpo físico entra em decomposição, mais cedo ou mais tarde. Nós não podemos negar as realidades humanas, Jesus veio para abraçar todas elas e também nos ensinar a abraçá-las.
Não criemos nem abracemos a religião do fanatismo; não criemos nem abracemos a religião do engano. Abracemos a religião de Jesus, o Servo sofredor que nos ama e há de dar a glória para aquele que abraça a sua cruz e não a rejeita. Por isso, afaste para longe de você os pensamentos diabólicos que te afastam da cruz de Jesus. Nós seguimos a Jesus Cristo, o crucificado.
Deus abençoe você!