O amor precisa ser vivido com a verdade

“Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia” (Marcos 6,19-20).

Tem dois sentimentos muito perversos que tomam conta do coração desses dois personagens pervertidos no Evangelho de hoje. É Herodes que rouba a mulher do seu irmão e ela que é conveniente com essa situação.

João, o Batista, anunciou a verdade a eles: “Isso não te é permitido”. Muitas vezes, quando a verdade é dita, ela provoca raiva, ódio e, acima de tudo, rejeição. Porque a verdade incomoda, ela nos tira daquela planície que criamos para viver em paz quando a situação não é de paz.

Aqui é uma situação de consciência, de uma consciência reta, justa e iluminada. O quanto é importante cuidarmos cada vez mais de termos consciência reta e iluminada. Cuidado porque nos tempos em que vivemos, onde tudo é permitido, tudo é relativo, a consciência humana vai se tornando laxa, tudo vai se relaxando. “Tudo é muito bom”, “O importante é o amor”. É óbvio que o mais necessário é o amor, mas não existe amor sem verdade, não existe amor negligenciando, pisoteando, passando por cima daquilo que é a verdade da nossa consciência.

O amor sem a verdade é manco, e um amor manco nunca é pleno e completo

Até as pessoas que não creem em Deus, tem consciência. É a consciência moral e mais íntima que, lá no fundo, está dizendo: “Isso é correto!”, “Isso não é correto”. Mas quando quero viver o que não é correto, vou pisoteando, mudando dentro de mim a concepção e vou tirando e perdendo os meus valores. É preciso mais do que nunca permitir que o Espírito de Deus, ilumine a nossa consciência para não sermos desviados pelos erros dos tempos.

Herodes e Herodíades sabiam que viviam no erro, que tinham cometido uma coisa muito injusta e toda injustiça tem que ser reparada. Vivemos num mundo terrível e cruel, onde as injustiças são toleradas, desculpadas e, muitas vezes, aplaudidas, e isso é terrível, é a desmoralização de uma sociedade, de uma humanidade e da consciência humana.

Não foi João Batista que perdeu a sua cabeça, foi Herodes, Herodíades e a filha que perderam o juízo, o senso da verdade e da moral, e por isso passaram a odiar João.

Muitas vezes, a Igreja é odiada, é perseguida e mal falava, mas não é por ser Igreja, é por ela anunciar o amor e a verdade. Cuidado, quando muitas vezes queremos viver o amor, mas vivemos o amor sem a verdade. O amor sem a verdade é manco, e um amor manco nunca é pleno e completo.

Deus abençoe você!